6 de maio de 2006

Nos limites de outra terra

Santa Isabel do Monte
"(...) lá em baixo, para os lados de S. Bento da Porta-Aberta e Rio-Caldo, o lagamar de uma e outra albufeira de águas tranquilas em que se espelha o verde escuro da vegetação emoldurante; as pontes e as estradas rasgadas em todos os sentidos, tudo se foi transformando profundamente e, observado cá do alto, oferece um quadro imponente, magestoso e único, verdadeiramente digno de ver-se."
in, Domingos M. da Silva, Entre Homem e Cávado, vol. III, 1958

5 comentários:

Anónimo disse...

O Norte tem esse encanto... mas o Sul encanto tem!
Parece que temos os mesmos gostos musicais! Boa! Normalmente as pessoas da nossa idade ficaram numa de anos 80, 90... o que não
é o nosso caso (God Bless!)!

Pedro Leite Ribeiro disse...

Com a vantagem de termos conhecido outras coisas.
"Hoje num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul, sete mares
Hoje num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul"
Lembra-se de Sétima Legião?
O Sul das lendas de moiras encantadas, belos olhos negros e raínhas nórdicas saudosas da neve. Sim, gosto do Sul dos vastos horizontes a dilatar-nos a alma!

Anónimo disse...

Claro que lembro... parece que se voltaram a reunir, não foi?
"vastos horizontes a dilatar-nos a alma" - alma poética a sua. Gostei!

Anónimo disse...

As águas que outrora vinham vagar quase aos pés do Sambentinho, já engoliram os campos do Rio Caldo e do sossego sobram agora os motores das embarcações, das motas, dos turistas plastificados e arrebanhados...
(mas o Gerês ainda guarda belezas além dos dias)
...
Grato pela sua visita. É preciso que diga que achei interessante este seu lugar e por cá virei mais vezes. Cumprimentos,
jorgesteves

Pedro Leite Ribeiro disse...

É com prazer que leio que visitou IDOLÁTRICA e que, ainda por cima, gostou! Mais prazer ainda tenho nas incursões literárias a Textos, Pretextos & Contextos, por isso, caro Jorge Esteves, deixe-me, nem que seja só por hoje, monopolizar a gratidão!
Quanto ao postal em referência, apendo que a barragem da Caniçada data de 1955, a obra de onde retirei o excerto é de 1958 e a fotografia de 2005. O Autor faz já referência às transformações profundas operadas na paisagem e, tal como ele, quem sabe se de exactamente do mesmo sítio, observei o "quadro imponente" "cá do alto" o que não me permitiu ser incomodado, nem pela maquinaria, nem pelos espécimens que refere no seu admirável comentário.