8 de setembro de 2006

Conflito do Médio Oriente V

A televisão libanesa NTV divulgou em 27 de Agosto último uma entrevista concedida pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em que este se manifestou surpreendido pela reacção de Israel ao rapto dos seus dois soldados. Entre outras coisas, Nasrallah afirmou que se tivesse previsto que essa acção, efectuada pelo Hezbollah com o objectivo de negociar a libertação dos soldados israelitas em troca da de guerrilheiros libaneses presos em Israel, pudesse ter dado origem a um ataque com a magnitude daquele a que se assistiu, nunca o teria feito (ver A TARDE On Line de 28/08/2006). Acrescentou que o ataque foi inesperado porque atípico, dificultando assim a sua compreensão.
Alguns dias antes, porém,
Seymour Hersh, jornalista de investigação galardoado com um Pullitzer, publicava no The New Yorker um artigo que parece dar resposta à perplexidade de Hassan Nasrallah. Lendo-o, e a confirmarem-se os factos relatados por Hersh, compreendemos melhor o motivo da guerra israelo-libanesa, mas também ficamos com a certeza de que, mal o Hezbollah esteja controlado pelo exército libanês e pelos Capacetes Azuis, o Irão será invadido pelos Estados Unidos da América, o que, não sendo surpresa, pode, no entanto, dar-nos o timing aproximado do ataque.

2 comentários:

Lâmina d'Água & Silêncio disse...

Li em algum lugar que não lembro mais onde e por tantas coisas que lemos a respeito dessas coisas, mas enfim, tratava-se de uma entrevista com um lider judeu da comunidade residente em São Paulo e esse falou que não se pode condenar os judeus nessa guerra, pois ela não pertence ao povo judeu. Afirmou haver nas comunidades judaicas, pessoas declaramente em campanha contra essa guerra, segundo ele. Falou ainda que a guerra é uma encomenda do governo americano, para tomar o Irã, tendo como motivo principal, o Petróleo. Afirmou ainda, no decorrer da entrevista, que os americanos não sabem mais o que fazer com Israel e então usa o país e a força dele, para suas pretenções. Disse que também o próximo alvo será a América Latina e mais precisamente o Brasil, cujo maior aqüífero do mundo, está em terras brasileiras e chama-se Aqüífero Guarani. Estranhamente me lembrei que logo após o 11 de setembro, descobriu-se uma base se segurança máxima na divisa do Paraguay com o Brasil e com o aval do governo Paraguayo, instalada com a desculpa esfarrapada do atentado e por haver nessa região, uma forte comunidade árabe...

O que sabemos mesmo é que os americanos são mesmo intrusos e costumam entrar sem ser convidados...
Fazem todas as suheiras, nas terras alheias. As deles eles deixam sempre bem arrumadinhas.

Beijinhos,
Cris

Pedro Leite Ribeiro disse...

Nova Orleães não está tão arrumadinha assim...
Já houve mesmo quem pedisse ajuda ao Hezbollah para a reconstrução da cidade, para não falar na ajuda oferecida pelo dinossáurio Castro.
Se não fosse tão dramático, dava vontade de rir!
Abraço