21 de outubro de 2006

Miragem do Liberalismo, Promessa da República


Padrão em Belém, Lisboa. Agosto de 2006



"Aqui foram as casas arrasadas e salgadas de José Mascarenhas, exautorado (*1) das honras de duque de Aveiro e outras, e condenado por sentença proferida na Suprema Junta da Inconfidência em 12 de Janeiro de 1759. Justiçado como um dos chefes do bárbaro e execrando desacato que na noite de 3 de Setembro de 1758 se havia comulado (*2) contra a real e sagrada pessoa de El Rei Nosso Senhor D. José. Neste terreno infame se não poderá edificar em tempo algum."

(*1): Despojado, destituido, privado.

(*2): Cumulado? Completado, acumulado, perpetrado.


A propósito dos processos da Ponte de Entre-os-Rios, da Casa Pia, do Apito Dourado e outros, demasiadamente muitos outros, reflectindo no facto de a Justiça Portuguesa ser “estranha rede que só apanha peixe miúdo”, recordando ainda as posições anti-classistas de Maria José Morgado, à vista de todos, na capital da República, em Belém, perto do palácio habitado pelo Presidente, um documento de uma época em que Justiça se escrevia com maiúscula por direito próprio e não por trivial obrigação imposta pelas regras gramaticais.

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