9 de fevereiro de 2008

Mas... a Justiça portuguesa?


Com o caso Madeleine McCann, a Polícia Judiciária e a Justiça portuguesas cobriram-se de vergonha em todo o mundo. O mesmo se aplica a todos aqueles que difundem notícias e fazem opiniões, jornais e jornalistas. Vi, por exemplo, uma vez, na televisão, a bem conhecida Felícia Cabrita a, leviana e impunemente, levantar toda a espécie de suspeitas sobre os pais de Madeleine.

Ficámos a saber, com toda a clareza, que a PJ trabalha mal. Uma terrível questão se coloca agora: Quantos inocentes estão nas prisões portuguesas? Pessoas que, nem de longe, nem de perto, têm os meios que os McCann mostraram possuír e saber usar? E a mãe da pequena Joana? Alguém acreditou na versão da Judiciária de que as marcas físicas que mostrou ao tribunal se deveram a uma queda nas escadas do edifício da PJ e não às torturas de que a senhora afirmou ter sido vítima para confessar um crime que não cometeu?

Impostos elevados, pobreza, injustiça, prisões arbitrárias, vigilância dos cidadãos... Se alguém quiser uma descrição de Portugal 2008, aconselho a releitura do Robin dos Bosques com os seus terríveis Príncipe João e Xerife de Nottingham.

1 comentário:

Nuno Castelo-Branco disse...

Estamos em 1909 ou se preferirem, 1925. É pena, mas a culpa é de todos nós. Uma vez mais...