4 de julho de 2007

Bandeiras



Não tenho interesses partidários. Só os poderia ter se pertencesse a algum partido político, o que não é o caso. Apenas à minha própria cabeça permito que pense por mim... quando estou a dormir. Só à minha vontade dou o poder de mandar em mim, quando a minha consciência me segreda que posso estar a tomar uma opção errada.
Quando afirmo que não me associo a ideologias políticas, estou a dizer a verdade. Aliás, refiro-me a toda a espécie de ideologias e não só as políticas. Nas ideologias incluo a do dinheiro, a da fama e, geralmente associada a pelo menos uma destas, a do poder. Recuso-as. Acredito que os seres humanos devem ter consciência da sua superioridade em relação às ideologias, isto é, que são estas que devem servir os primeiros e não o contrário. Culpo as ideologias, e as igrejas/seitas, por grande parte dos maiores males que têm acontecido à Humanidade, não esquecendo, no entanto, o papel moralizador que, em determinadas alturas da História, os poderes religiosos desempenharam nas sociedades, podendo-o fazer ainda hoje e no futuro. Diferencio muito claramente religião de igreja, como instituição manipuladora da natural religiosidade do ser humano.
Em termos de governação, penso que o poder deve ser exercido de forma pragmática e não submetido a ideários políticos que, muitas vezes, têm sido aplicados a qualquer custo. Penso ainda que o poder deve ser exercido no sentido da sua auto-extinção.
Quanto às petições, posso dizer que as assinei porque achei que são uma manifestação do descontentamento popular em relação às atitudes prepotentes do actual executivo. É que nem sequer me agrada fazer pedidos ao presidente da república, figura que, neste país, desde 1910, ocupa um lugar que legitimamente lhe não pertence.

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