Em resposta a um pedido de esclarecimento de Cristina Oliveira, e sabendo que outros falantes da lusa língua se têm colocado a mesma dúvida:
Esta palavra, "pincho", é usada apenas no Norte de Portugal. Também os portugueses do Sul não lhe conhecem o significado.
Pincho é salto, pulo. Usa-se muito, no Norte, o verbo pinchar em vez de saltar ou pular. Aqui, no local fotografado, não só é a água que salta mas também os banhistas mais afoitos.
Aproveitando o balanço, deixa-se aqui um recado a certos bem-falantes:
De tudo o que faz tão rica e interessante a nossa língua, releva esta enorme variedade de vocábulos e de sotaques que na Terra se espraiam de uma ponta à outra. É isto que faz de Portugal uma Nação maior que a manta de retalhos que é a vizinha Espanha, sempre debatendo-se com o dilema de não ser uma nação, antes um Estado composto de várias nações, e o de não ter uma única língua. É ainda isto que desconhecem alguns idiotas que, depois de terem perdido a esperança de ver uma "República Socialista Soviética Portuguesa" integrada na extinta e enterrada URSS de má memória, voltaram ao putrefacto e falhado projecto filipino tão do agrado de miseráveis corruptos e vendilhões da Pátria, espécie de anões que, incapazes de proporem soluções construtivas, sempre aparecem quando as coisas não estão tão bem como desejariam.
Adaptando o americano "USA, or you love it, or you leave it!", aqui fica, para esses, um "Portugal, ou gostas, ou vais-te embora!"
Esta palavra, "pincho", é usada apenas no Norte de Portugal. Também os portugueses do Sul não lhe conhecem o significado.
Pincho é salto, pulo. Usa-se muito, no Norte, o verbo pinchar em vez de saltar ou pular. Aqui, no local fotografado, não só é a água que salta mas também os banhistas mais afoitos.
Aproveitando o balanço, deixa-se aqui um recado a certos bem-falantes:
De tudo o que faz tão rica e interessante a nossa língua, releva esta enorme variedade de vocábulos e de sotaques que na Terra se espraiam de uma ponta à outra. É isto que faz de Portugal uma Nação maior que a manta de retalhos que é a vizinha Espanha, sempre debatendo-se com o dilema de não ser uma nação, antes um Estado composto de várias nações, e o de não ter uma única língua. É ainda isto que desconhecem alguns idiotas que, depois de terem perdido a esperança de ver uma "República Socialista Soviética Portuguesa" integrada na extinta e enterrada URSS de má memória, voltaram ao putrefacto e falhado projecto filipino tão do agrado de miseráveis corruptos e vendilhões da Pátria, espécie de anões que, incapazes de proporem soluções construtivas, sempre aparecem quando as coisas não estão tão bem como desejariam.
Adaptando o americano "USA, or you love it, or you leave it!", aqui fica, para esses, um "Portugal, ou gostas, ou vais-te embora!"
7 comentários:
Muitos banhos tomei eu no "pincho" do Ria Âncora.
De vez em quando dou cá um pincho e é com gosto e com concordância também.
Desde o Nordeste Brasileiro!
Granda Pincho!
Saravá, Luís Bonifácio e Joshua!
Pois...
Cheguei aqui para te agradecer a gentileza e elegância em teu comentário deixado para mim e me deparo com mais essa explicação acompanhada de mais uma linda foto... Obrigada por mais esse ensinamento e eu sou a favor das diferenças, pois é dela que se dá a riqueza de cada nação. Como brasileira, sei bem o que são as muitas diferenças das muitas nações desssas terras brasis.
Sou completamente contra a unificação da lingua e acho que felizmente isso nunca acontecerá.
"O Português é hoje o sexto idioma mais falado no mundo. É a língua oficial de oito países dos cinco Continentes: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. São cerca de 250 milhões de falantes, a maioria no Brasil. O idioma de Camões tem palavras que não encontram tradução em outras línguas. Exemplos: luar e saudade".
Para falarmos da língua existente no Brasil de hoje, faz-se necessário uma viagem ao passado para que possamos compreender melhor todo o processo de modificação e adaptação que ela vem sofrendo desde o período do descobrimento e posterior colonização, no início dos anos de 1500, até os dias de hoje.
A língua falada na época em todo território brasileiro, antes da chegada dos portugueses, eram as diferentes línguas indígenas existentes e essas acabaram por fim, misturando-se ao novo idioma trazido pelos descobridores.
As línguas gerais eram línguas Tupi, faladas pela maioria da população. Eram as línguas do contato entre índios de diferentes tribos e entre índios e portugueses e seus descendentes. A língua geral era assim uma língua franca.
Juntamente com a chegada dos portugueses, começaram a chegar outros idiomas, vindos de outras nações européias, também colonizadoras, como o caso dos holandeses e somente após a saída deles do Brasil, foi que as relações das diferentes línguas existentes no território brasileiro, como as diversas línguas indígenas, as línguas gerais e o holandês, passaram a dar lugar a língua oficial do Estado português e era essa a língua empregada em documentos oficiais e praticada por aqueles que estavam ligados à administração da colônia, em território brasileiro, transformando-se então na língua oficial e nacional do Brasil.
A saída dos holandeses mudou o quadro de relações entre línguas no Brasil na medida em que o português deixou de ter a concorrência de uma outra língua de Estado (o holandês), passando a comunicação entre as pessoas, fundamentalmente, entre o português, as línguas indígenas, especialmente as línguas gerais, e as línguas africanas dos escravos. Esse período caracteriza-se por ser aquele em que Portugal, dando andamento mais específico ao processo de colonização, toma também medidas diretas e indiretas que levam ao declínio das línguas gerais. A população do Brasil, que era predominantemente de índios, passa a receber um número crescente de portugueses assim como de negros que vinham para o Brasil como escravos, trazidos para o Brasil no século XVI (16), cerca de 100 mil negros.
As línguas de imigração vieram depois. No entanto há que se ressaltar que as línguas indígenas e africanas entram na relação como línguas de povos considerados primitivos a serem civilizados (no caso dos índios) ou escravizados (no caso dos negros) e por serem considerados povos menores, seus idiomas, bem como seus praticantes passam a não ter mais lugar para praticá-los, deixando de haver espaço de aceitação para essas línguas. O mesmo não ocorreu aos diversos idiomas trazidos pelos imigrantes, pois esses entraram no Brasil por uma ação de governo que procurava cooperação para desenvolver o país. Eram línguas nacionais ou oficiais nos países de origem dos imigrantes, legitimadas no conjunto global das relações de línguas, diferentemente das línguas indígenas e africanas. As línguas dos imigrantes eram línguas de povos considerados civilizados, em oposição às línguas indígenas e africanas.
A partir de então e no decorrer do tempo, em razão da mistura de gentes vindas de diferentes partes do mundo, fomos agregando ao nosso idioma português brasileiro, características e peculiaridades únicas, tornando o Português falado no Brasil, um idioma em constante evolução e sendo renovado e adaptado ao tempo, sistematicamente. É a língua de uso oficial em todo o território nacional, convivendo pacificamente com uma enormidade de outras línguas, tanto indígenas como de imigrantes, mas mantendo-se sempre como a língua mãe, mesmo pelos descendentes de outros idiomas.
Embora o português do Brasil, possua regionalidades específicas, desde a sonoridade atribuída a cada parte do território e por diferentes influências e particularidades, ela mantém-se uniforme e de total entendimento por todos os brasileiros, dividindo-se apenas entre a língua formal, coloquial, pública, oficial, técnica, dentre outras, mas sempre sendo a nossa língua portuguesa, com características especificamente brasileira, em razão das condições distintas, trazidas no tempo e desde a sua implantação.
Embora haja na língua escrita, uma maior proximidade entre o português do Brasil, com o de Portugal e de outras partes do mundo, em razão do emprego gramatical e normas que efetivam e regulamentam o nosso idioma, o mesmo não ocorre na língua falada ou oral, onde o processo de incorporação de características específicas, culturais, regionais e de diferentes outras influencias, se faz presente de modo mais rápido e intenso, onde a palavra deixa de ser vista como ferramenta isolada de comunicação, agregando-se ao gestual, sonoridade e expressões diversas, fundamentando assim a particularidade única multilíngüe, que é a nossa língua portuguesa brasileira.
A aceitação da evolução e da inserção de palavras e expressões de diferentes idiomas, no Português falado no Brasil, é a prova concreta da miscigenação de povos, seus costumes e tradições, fazendo da língua portuguesa falada hoje no país, a representante oficial da identidade, orgulho e integração nacional de todo o povo brasileiro.
Certamente que o mesmo ocorre na pátria mãe!!!
Te agradeço de coração pelo selo/prêmio e irei colocá-lo tão logo me seja possível, pois minha internet saiu do ar desde sábado e estou usando um cyber.
Obrigada por tua atenção e cuidado.
Bom domingo, com 1 beijo!!!
Cris
Pincho, para os espanhóis, é qualquer coisa pontiaguda.
Em Espanhol Pincho tem o mesmo significado.
"Pinchazo" - Quando a espada salta ao entrar no Touro.
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