* Fernando Pessoa.
O acordo ortográfico foi hoje, 21 de Julho de 2008, promulgado pelo Presidente da República. Em 14 de Maio deste ano, pronunciava-se assim, S.A.R. D. Duarte de Bragança, sobre o assunto:
Após o infeliz fim do Reino Unido criado por Dom João VI (no qual estava prevista a futura integração de Angola e Moçambique), ficámos com a língua que nos une. Mas até essa união estava a desaparecer, desde que um governo da Primeira República reformara a nossa ortografia, sem consultar o Brasil.
Esta semana [16 de Maio] os deputados decidirão ratificar o Acordo Ortográfico que a nossa Academia de Ciências e a Academia Brasileira da Língua vinham elaborando há anos. Alguns intelectuais condenam essa decisão, que consideram um atentado à nossa cultura e outros referem os grandes custos que resultarão da substituição dos dicionários e livros escolares. Seria preferível ficarmos "orgulhosamente sós" com a nossa ortografia ?
Quanto aos custos financeiros, julgo que poderão ser evitados se nos dicionários for acrescentado uma " errata " explicando quais as palavras que foram alteradas, e que não são muitas. Ficou estabelecido que durante os próximos 6 anos poderemos escrever com ambas as ortografias. Quanto ao aspecto cultural, no Brasil todos os estudantes lêem Eça de Queiroz e outros clássicos portugueses na ortografia original, sem problemas.
Há quem pense que ainda muito se poderá fazer para tornar a nossa escrita mais lógica do ponto de vista fonético e menos dependente de critérios etimológicos que dificultam muito a sua aprendizagem por parte de milhões de crianças.
Devemos também insistir com ambas as academias para que traduzam para português os termos das novas tecnologias, para não ficarmos a falar uma espécie de crioulo em que se misturam várias línguas na mesma frase...
Gostei muito de ouvir no debate parlamentar os representantes da Galiza defenderem que " o português da Galiza deve unir a sua ortografia à do português universal, mas para que tal seja possível, é necessário saber enfim qual será essa ortografia".
Devemos dar todo o nosso apoio à excelente iniciativa dos nossos irmãos a Norte do rio Minho!
O acordo ortográfico foi hoje, 21 de Julho de 2008, promulgado pelo Presidente da República. Em 14 de Maio deste ano, pronunciava-se assim, S.A.R. D. Duarte de Bragança, sobre o assunto:
Após o infeliz fim do Reino Unido criado por Dom João VI (no qual estava prevista a futura integração de Angola e Moçambique), ficámos com a língua que nos une. Mas até essa união estava a desaparecer, desde que um governo da Primeira República reformara a nossa ortografia, sem consultar o Brasil.
Esta semana [16 de Maio] os deputados decidirão ratificar o Acordo Ortográfico que a nossa Academia de Ciências e a Academia Brasileira da Língua vinham elaborando há anos. Alguns intelectuais condenam essa decisão, que consideram um atentado à nossa cultura e outros referem os grandes custos que resultarão da substituição dos dicionários e livros escolares. Seria preferível ficarmos "orgulhosamente sós" com a nossa ortografia ?
Quanto aos custos financeiros, julgo que poderão ser evitados se nos dicionários for acrescentado uma " errata " explicando quais as palavras que foram alteradas, e que não são muitas. Ficou estabelecido que durante os próximos 6 anos poderemos escrever com ambas as ortografias. Quanto ao aspecto cultural, no Brasil todos os estudantes lêem Eça de Queiroz e outros clássicos portugueses na ortografia original, sem problemas.
Há quem pense que ainda muito se poderá fazer para tornar a nossa escrita mais lógica do ponto de vista fonético e menos dependente de critérios etimológicos que dificultam muito a sua aprendizagem por parte de milhões de crianças.
Devemos também insistir com ambas as academias para que traduzam para português os termos das novas tecnologias, para não ficarmos a falar uma espécie de crioulo em que se misturam várias línguas na mesma frase...
Gostei muito de ouvir no debate parlamentar os representantes da Galiza defenderem que " o português da Galiza deve unir a sua ortografia à do português universal, mas para que tal seja possível, é necessário saber enfim qual será essa ortografia".
Devemos dar todo o nosso apoio à excelente iniciativa dos nossos irmãos a Norte do rio Minho!
Será mais fácil dizer, dentro de pouco tempo, que, de Timor-Leste a Fisterra e, continuando a seguir o percurso do sol, rumando a Porto Seguro e mais além, é apenas um instante e sem ter que passar fronteiras.
(Nota posterior: Por ser desnecessário e para que o texto não se estenda em demasia, decidi retirar as palavras de F. Pessoa, mas deixando a ligação para quem as quiser reler.)
1 comentário:
Praça do Império, nº 5.
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