No Bom Jesus, no terraço que se vê ao fundo, encontrou Camilo Castelo Branco inspiração para muitas das suas obras que marcaram a literatura romântica lusitana de Oitocentos. Ali terá escrito, talvez, algumas das inflamadas letras a Ana Plácido e, com certeza, dali terá saído o seu "No Bom Jesus do Monte". Pode-se ver hoje, num muro daquele terraço, uma gasta, como romanticamente convém, placa de granito evocando naquele sítio a presença habitual do escritor. Tenho a certeza que daquelas pedras, da terra e das velhas raízes, emanarão para sempre os reflexos das juras de amor eterno abençoadas por dolorosas torrentes de lágrimas. Camilo não teve, até hoje, direito a nome de rua, praça, avenida ou quelha, sequer, nesta cidade que se fez ingrata na ânsia do progresso. Pelo contrário, outro escritor tem nome em rua central: Eça de Queirós. De Braga, disse: "Pior que Braga, só Jerusalém!". A cidade agradeceu-lhe o cumprimento, reconhecendo-lhe, assim, a razão.
1 comentário:
Mentira!Existe em Braga uma praça com o nome do vate; românticamente, como convém, é uma pracinha rodeada de betão. Fica por trás daqeule palacete ao fundo do Campo das Hortas, entre este e a estação, nas traseiras da Rua Andrade Corvo. Homenagem modesta mas sincera, estou certo, da CMB.
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