Podia ser ela a ministra da educação mas, infelizmente, não o é. De facto, a Professora Fernanda Velez teve ocasião de lembrar que a pasta ministerial do ensino, que sempre tem no centro das atenções o básico e o secundário, nunca pertenceu a um docente destes níveis de escolaridade. Tenho a suspeita de que o PM poderá, da intervenção de Velez, vir a tirar a ideia genial de, quando mais próximo da data das legislativas entender ser necessário mudar alguns rostos já gastos (neste caso, completamente queimados), proceder à substituição de Lurdes Rodrigues pelo seu secretário de estado Valter Lemos que exerceu as funções de professor do ensino secundário entre 1978 e 1985 (longos 7 anos!), a acreditar no que no Portal do Governo está escrito.
Pensar que a ministra poderia vir a ser demitida (digo, pedir demissão) neste momento, após o banho que levou no Prós e Contras de 25 de Fevereiro a que todo o País assistiu em directo, seria completamente ingénuo. O PM nunca conseguirá outro tão fiel servidor, que o é, não por uma qualquer necessidade de bajulação ou auto-promoção, mas por convicção própria. Além disso, alterar neste momento as linhas que têm vindo a orientar a política deste governo para a Educação, seria, mais que um acto de auto-flagelação pública, um suicídio político. Inverter o rumo das coisas nesta altura do campeonato implicaria uma suspensão de todo o processo que este governo tem vindo a desenvolver desde a infeliz entrada em funções à cowboy com a célebre requisição civil dos professores de 2005. Suspensão à qual seria impossível atribuir prazo razoável de finalização, dado o gigantismo do esforço que a coisa deveria implicar.
Para além destas fortes razões para a manutenção no governo de Maria de Lurdes Rodrigues, algo de curioso encontro no facto de uma grossa fatia das suas publicações, arroladas na página do Portal do Governo dedicada à ministra, girar em torno da profissão de engenheiro em Portugal.
Pensar que a ministra poderia vir a ser demitida (digo, pedir demissão) neste momento, após o banho que levou no Prós e Contras de 25 de Fevereiro a que todo o País assistiu em directo, seria completamente ingénuo. O PM nunca conseguirá outro tão fiel servidor, que o é, não por uma qualquer necessidade de bajulação ou auto-promoção, mas por convicção própria. Além disso, alterar neste momento as linhas que têm vindo a orientar a política deste governo para a Educação, seria, mais que um acto de auto-flagelação pública, um suicídio político. Inverter o rumo das coisas nesta altura do campeonato implicaria uma suspensão de todo o processo que este governo tem vindo a desenvolver desde a infeliz entrada em funções à cowboy com a célebre requisição civil dos professores de 2005. Suspensão à qual seria impossível atribuir prazo razoável de finalização, dado o gigantismo do esforço que a coisa deveria implicar.
Para além destas fortes razões para a manutenção no governo de Maria de Lurdes Rodrigues, algo de curioso encontro no facto de uma grossa fatia das suas publicações, arroladas na página do Portal do Governo dedicada à ministra, girar em torno da profissão de engenheiro em Portugal.
Vídeo de avpoder
3 comentários:
Por que é que não existe uma oposição no parlamento que faça efectivamente oposição ao governo, apresentando os factos como a nossa colega Fernanda Velez o fez de forma sintética?!
As intervenções dos partidos de oposição que nos habituámos a ouvir são irrisórias no que diz respeito aos problemas das medidas do Ministério da Educação. Os partidos da oposição não estudam os problemas dos ensino com a profundidade mínima; Porquê?!
Luís Filipe Rodrigues
Porque será que a classe política é a menos prestigiada em Portugal? Com certeza não o será pelas excelentes competências.
Estou de acordo com essa ironia.
"Excelentes competências" como as que a Minsitra da Educação não tem, porque presumo nunca ter tido experiência na política (portanto, não obteve competêcias de política) e nunca ter publicado um único artigo sobre a educação (presumo, atendendo ao currículo publicado), portanto não tem competência na sociologia/psicologia/filosofia da educação ou pedagogia aplicada a alunos de idades compreendidas entre os 3 e os 17 anos. Mas, acima de tudo, falta-lhe uma competência básica: o bom senso.
Que elementos da oposição têm as "excelentes competências" necessárias à educação em Portugal?! Desconheço.
Luís Filipe Rodrigues
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