Estão as eleições para a Presidência da República de 1958 a fazer 50 anos. O medo de ser demitido do cargo vitalício de Presidente do Conselho, levou Salazar a fazer tudo para que Humberto Delgado não ganhasse as eleições e nem sequer fizesse campanha. Braga foi uma das cidades que nunca pôde ver, ouvir e aplaudir o General. Contou-me o meu pai que, a 1 de Junho de 1958, uma imensa multidão se tinha aglomerado na então Avenida Marechal Gomes da Costa numa espera que, graças à intervenção da PIDE, se viria a revelar infrutífera. Existe, a partir de agora, na Avenida que readquiriu o nome de Liberdade, uma lápide evocativa desse mais um dia triste da nossa História.
50 anos depois, noutra latitude, noutro hemisfério, tudo se repete. Desta feita, é Tsvangirai, candidato da oposição às presidenciais do Zimbabué, que sofre na pele os efeitos da insegurança do ditador. Os métodos são exactamente os mesmos, revelando assim, e no mínimo, um QI idêntico. Já há muito que sabemos isto, mas talvez nunca seja demais lembrar que os ditadores, tal como as ditaduras que os sustêm, são todos iguais, independentemente da localização geográfica, da cor da pele e do nome que adoptam. Só uma coisa me admira e estranho: há gente que considera estes sujeitinhos inteligentes!
1 comentário:
São apenas inteligentemente burros.
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