(...) mais um triste apontamento, a somar a tantos outros descaminhos da rude e tosca insensibilidade da "gestão autárquica". Portugal quase já não possuiu património digno de nota no que a arquitectura de interiores respeita: dos cafés, restaurantes, salões de chá, barbearias, charcutarias, cabeleireiros e salões de moda datando dos fantásticos anos 10, 20 e 30, tudo foi despedaçado, partido e vandalizado pelo triunfo do alumínio anodizado, da azulejaria casa-de-banho e das madeiras prensadas. Neste extermínio, Braga parece querer dar cartas a Lisboa e ao Porto. Não somos, decididamente, um povo culto.
2 comentários:
Como soe dizer-se, pérolas a porcos!
Pensando mais seriamente, talvez a cultura seja uma aliada da rusticidade e porque não dizer, até mesmo de uma certa breguice, que tão bem acompanha a modernidade e a era contemporâea... Adoro o arrojo, mas para tal, há que se ter lastro e isso, caro amigo, é raro!!!
Definitivamente do lado de cá da grande lâmina, a situação não é muito diferente. O quadro apresenta-se em forma de miséria, na mais pura moldura da desgraça!!!
Beijos,
Cris
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